33 Revoluções

33 Revoluções

Canek Sánchez Guevara foi até agora um dos segredos mais bem guardados da literatura latino-americana actual. Teve uma vida breve, mas intensa, marcada pela herança genética: nascido em Cuba em Maio de 1974, era neto do principal ícone da revolução cubana, Ernesto Che Guevara.

Mas na verdade era muito mais do que isso: fotógrafo e andarilho atento, poeta sem rumo, cidadão de muitas latitudes, músico de ocasião, escritor compulsivo. Uma voz livre, e por isso incómoda. 33 Revoluções, primeiro livro de Canek Sánchez Guevara editado em Portugal, é um romance breve que narra o dia-a-dia enfastiado em Havana de um jovem burocrata filho da revolução cubana.

Este é o primeiro livro de Canek Sánchez Guevara traduzido para português.

33 Revoluções

Autor
Canek Sánchez Guevara

Tradução, introdução e notas
Viriato Teles

Edição Ponto de Fuga, 2017

 

  • Nem pátria, nem morte

    Introdução de Viriato Teles // Canek Sánchez Guevara, nascido em Cuba em 22 de Maio de 1974, começou por chamar a atenção do mundo, em primeiro lugar por uma questão genética: ele era filho da primogénita de Ernesto Guevara de La...

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  • O livro

    Excerto de 33 Revoluções// Tudo se move, para lá da janela: árvores de papel, carros de brincar, casas de pau, cães de palha. Uma mancha de espuma percorre as ruas. Deixa água, algas, destroços, até à onda seguinte, em que tudo se...

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  • Beleza e decadência em Lisboa

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  • Quem sou eu?

    Uma autobiografia de Canek Sánchez Guevara // Nasci em Havana em 1974, num casarão em Miramar, junto à Quinta Avenida: em resumo, em pleno cruzamento da Aristocracia com a Burguesia. A vida em casa, contudo, era tudo menos...

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  • Um desassossego na mansidão

    Apresentação de António Macedo // Aqui há quase 50 anos, em 1968, fui forçado – forçado, sim!, embora alegremente forçado – a fazer uma Conferência cujo tema era a Chatice. Explico: isto passava-se em Coimbra, eu era caloiro e...

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  • "Se hacían los locos"

    Opinião de José Xavier Ezequiel // Embora se recusasse a fazer disso um modo de vida, Canek Sánchez Guevara nunca escondeu quem era, nem ao que vinha. Na verdade, como se pode verificar pela figura junta, ser-lhe-ia realmente difícil esconder...

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  • "Novela fragmentária e no osso"

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  • "Eficaz agilidade na linguagem"

    Opinião de João Morales // Lançada em Portugal pelos 50 anos da morte do avô, esta curta novela póstuma do neto de Ernesto “Che” Guevara tem tanto de autobiográfico como de alegórico, desvendando um autor munido de uma ampla...

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  • "Clareza e rigor"

    Opinião de Nuno Camões // A escrita de Canek veste-se de uma grande clareza e rigor, é uma linguagem muito própria, minuciosa, carregada de imagens e expressões inspiradas. O ambiente de mal-estar é subtilmente definido, sem...

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